“A morte de Deus” e o Natal sem religião

ENIO SQUEFF*

Torna-se cada vez mais difícil associar a Natal ao nascimento de Cristo. Existe muito pouco hoje, na “maior festa da Cristandade” que conduza à conclusão de o Natal ser realmente uma festa cristã. É complicado, realmente, vender geladeiras e máquinas de lavar roupa, com as menções a Deus.

O poema de Machado de Assis em que ele pergunta se somos nós que mudamos ou se o Natal, parece anteceder a uma questão hoje corrente: a irreligiosidade da sociedade contemporânea. Émile Zola – que foi um dos primeiros críticos a elogiar os pintores impressionistas – achou de chamá-los de “realistas”: eles, de fato, romperam uma tradição do cristianismo, de pintarem o ideal, como seriam as cenas religiosas. Mesmo quando retratavam alguém, não raro, um Rubens, um Delacroix ou mesmo um Ingres, trataram de fazê-lo, tendo como pano de fundo, digamos, uma cena idealizada, ou antes, um fundo nenhum. Foi o que fez Charles Dickens. Em seu famoso conto de Natal (“Christmas Carol”), tratou de pôr fantasmas na mente culpada do empresário que maltrata seu empregado, a partir da descrição de um literal pesadelo. O espectro, que arrasta correntes pela casa, e que o persegue no meio da noite, é claramente o demônio de sua consciência. Em seu poema, Machado de Assis não fala da questão do consumo que, em seu tempo, era muito precário em comparação com o que se vê hoje em dia. Mas ao detectar uma transformação (“Mudaria o Natal ou mudei eu”?), o escritor projeta a resposta que o mundo deu no futuro: o Natal, em si, já não é uma festa religiosa. Tudo indica que o que mudou foi o Natal.

Talvez a questão resida, de novo, no Papai Noel, um ícone de mentira, que sabemos ser de mentira, e que, por isso mesmo, não passa de um ícore. Na verdade, o personagem não tem nada de religioso: ele atravessa os ares com seu trenó, deixa presentes às crianças, mas não reivindica qualquer ligação com o além. Não é o Cristo da Manjedoura que o envia. Quando muito, talvez, sugira, pelas cores, a Coca-Cola: foi com o refrigerante que o Papai Noel apareceu na forma que tem hoje. O mais é a mistura: os sinos tocam em Belém “para o nosso bem”, etc e tal – mas os personagens da Manjedoura parecem resolutamente secundários, coadjuvantes quase. E para os chamados “crentes” – que na atualidade constituem mais de um terço dos religiosos do país- o Presépio sequer existe. Assim também nas representações públicas. No máximo, temos a parafernália das luzes que se enrolam nas árvores, ou que despencam dos edifícios como um espetáculo feérico – mas que parece ter mais a ver com o neon da publicidade do que com as cenas consagradas pela tradição – aquela que se estreita numa gruta, com o Menino, a Virgem, os pastores vindos ao longe – anjos luminosos, uma estrela guia, e as músicas ressoando desde a estratosfera.

Quando Nietszche disse que Deus estava morto, a reação alcançou todos os setores das religiões; a grita geral atingiu vários níveis e o próprio Nietszche foi anatemizado. Sua constatação, de que as religiões perdiam seus elos com a totalidade dos homens, a começar pela sua posição no Estado, nunca foi contestada pelos fatos. E o alarido que se seguiu a sua conclusão, fez muita gente contabilizar, não só os milagre – como os de Fátima, de Lourdes e outros -, mas todo um elenco de fatos extraordinários, os quais, entretanto, nem de longe parece terem tido o condão de ressuscitar Deus.

Evidentemente, existem os religiosos: o Papa ainda reza a Missa do Galo, os crentes em suas denominação cada vez mais numerosas (a contar pelo número de pastores “empreendedoristas”), continuam a erguer seus braços na saudação a Cristo Jesus e em seus “aleluias”. Algumas igrejas católicas esplendem em cores e luzes. Além do mais, há o islamismo. Dizer que Maomé já não tem Deus para ser seu último profeta, parece desconsiderar uma religião que cresceu desmesuradamente nos últimos anos, a ponto de os islâmicos serem, no mundo atual, em números, uma comunidade muito maior que a cristã. De fato, há aspectos de guerra religiosa na resposta que muitos muçulmanos dão às bombas dos EUA e da Otan, que negam, em princípio, a morte de Deus. No entanto, pode-se objetar que, ainda assim, soa inclusive para muitos seguidores do Profeta, quase uma regressão conceber a organização das sociedades em Estados Religiosos. No próprio Irã, aliás, há quem dê como em dias contados, a manutenção da predominância dos clérigos na condução do Estado. Lá, também Alá estaria morto.

A questão, contudo, não parece simples; e não é. Há anos, um religioso escreveu um livro sobre a arte sacra do nosso tempo. Defendia que ela existiria, a despeito da irreligiosidade desenfreada que paradoxalmente se seguiu à Segunda Guerra. Referia-se ao catolicismo e nomeava alguns artistas contemporâneos. Olivier Messiaen que morreu não faz muito, foi, realmente, um compositor que sempre se postou como católico. Escreveu obras textualmente, “para Jesus” e guardou-se de que sua fé era inquebrantável, o que não deixou de ser reafirmado até sua morte. Georges Rouault, pintor, um pouco mais velho que Messiaen, francês como ele, fez uma obra quase que inteiramente religiosa. Françoise Gilot, ex-mulher de Picasso, autora de um livro sobre o pintor, refere-se a Rouault como um artista, eminentemente, religioso. O próprio escritor inglês Graham Greene, morto há uns vintes anos, expôs o problema religioso no âmbito das questões existenciais prioritárias do nosso tempo. Mas, pelo fato de ter colocado a questão, justamente como “um problema”, não parece ter esmorecido a questão concreta de que, com ou sem “o problema”, Deus estaria, de fato, morto.

Pode-se, certamente, ler de muitas maneiras a afirmação (“aforismo”) de Nietzsche. A um homem convicto de sua fé – e há um sem número deles, inclusive entre grandes intelectuais e cientistas – a consideração seria ociosa, até contraditória. Teria de se a avaliar a questão com as devidas reservas: José Saramago, um decidido agnóstico, não imputou a Deus o “grande mal do mundo”? Como considerá-lo morto, se a cada homem-bomba no Iraque ou no Afeganistão, reacende-se a questão do martírio, que só se concebe na crença de uma fé inquebrantável? Realmente, é assim. Mas se torna cada vez mais difícil associar a Natal ao nascimento de Cristo. Ou melhor: existe muito pouco, na “maior festa da Cristandade” que conduza à conclusão de o Natal ser realmente uma festa cristã.

Claro, alguém dirá que é próprio do capitalismo não estreitar comemorações na religião. Complicado, realmente, vender certos produtos com as menções a Deus. Geladeiras e máquinas de lavar roupa, com as bênçãos do Manjedoura, são difíceis de engolir. Os religiosos que o digam.

Há as medalhinhas católicas e os dízimos protestantes, sem dúvida: todos são produtos vendidos ou comprados “em nome de Deus”. Os pagadores de promessa, que se reúnem em Aparecida, aumentam sempre, talvez não na mesma proporção de tempos atrás, mas são numeroso; só que, em todas as manifestações, o que nos identifica já não é a totalidade do ser religioso socialmente, senão a especificidade de o sermos, no âmbito de nossas respectivas igrejas e templos.

Parece ser, enfim, inelutável entre os homens, a existência de um sentimento religioso difuso. Mas já Deus é um traço subjetivo, que não se expõe na última análise das músicas, cantadas nos templos, que só têm de verdadeiramente religioso a invocação direta a Deus. Canta-se Deus em forma de rock, de música de alto consumo, mas justamente por ser também Deus um objeto de consumo. Ou seja, parece que Deus prescinde de uma música especial, de comportamentos que distingam os religiosos dos consumidores. Somos crentes para invocarmos Deus, mas não para nos alijarmos dos outros como uma característica especial.

Durante as perseguições religiosas na Roma antiga, a marca do cristão era uma espécie de divisor de águas: não havia a “mercadoria Deus”. Deve ser por Papai Noel mostrar-se tão importante, que se prescindem as ginásticas para não ofendermos ninguém, ao não invocarmos Deus justamente naquela que seria a marca da “maior festa da Cristandade”?

A pensar, certamente.


* ENIO SQUEFF é artista plástico e jornalista. Publicado em Carta Maior, 09.12.2011, disponível em http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5347&boletim_id=1071&componente_id=17159

15 comentários sobre ““A morte de Deus” e o Natal sem religião

  1. OBSERVAÇÃO!!!
    A bíblia não manda ninguem comemorar o aniversário de Cristo,
    somente sua morte expiatória é celebrada nos dias de ceia. Além
    disto, o único aniversário que a bíblia menciona é de um pagão, o
    rei Herodes. E quem é que sabe o verdadeiro dia do nascimento de
    Jesus? LEIA MAIS BÍBLIA!…

  2. O DEUS QUE HOJE É PREGADO É O “DEUS DOS NEGÓCIOS DO CAPITALISMO, E DAS VAIDADES HUMANAS. O DEUS VERDADEIRO É AQUELE QUE É VIDA, QUE SE FAZ PRÁTICA DO DIA-A-DIA NA RELAÇÃO COM O OUTRO.

  3. Senhor Jeferson Pereira Leal, obrigado por responder algumas frases do comentário que fiz sobre o texto acima, do jornalista Ênio Squeff.
    Sou um ser humano pensante, por mais obtusas ou amplas que possam ser as minhas idéias.
    Vim a este mundo para contestar, perguntar, opinar, responder, ser criticado, apoiado, mas para exercer uma de minhas funções como tal: querer saber as razões verdadeiras desta jornada que nos é reservada. Ou, se lá pelas tantas, não há nada nem ninguém que interfira em nossa existência.
    Eu não posso temer este Deus que me deu vida, portanto, e uma capacidade de elaborar raciocínios por mais ridículos que sejam.
    Então, estou em pleno direito de aceitar ou discordar de todos; de acreditar ou não nos livros religiosos; de entender que fomos criados por um ser extraordinariamente poderoso ou se somos frutos do acaso.
    Não sou e nem tenho condições de ser um formador de opinião, mas não haverá pessoa alguma que dirá por mim o que eu desejo dizer, evidentemente respeitando o contraditório e acatando as diferenças.
    Razão pela qual não admito que eu seja chamado à atenção por pessoas que balizam as suas vidas através de continuidades, tradições ou, até por medo!
    Sou limitado para explicar a grandiosidade divina, no entanto, o Deus que imagino não é este que me ensinaram e que lhe disseram, senhor Jeferson.
    Não é este ente que pune, que castiga, que diferencia este ou aquele.
    Mas é uma entidade que me exige buscar compreensão, entendimento, a razão de eu viver.
    Os modelos de vida que o senhor citou como exemplos de livre arbítrio, os santos (!?) católicos, não exerceram esta condição, fizeram uma opção de vida, tão somente.
    Aliás, Santo Agostinho foi o exemplo de pai relapso, que abandonou o filho que teve, que vivia relações irregulares com mulheres, a ponto de a sua mãe lhe criticar pela conduta com relação a elas.
    Neste aspecto, o senhor talvez tenha um ataque, eu sou infinitamente melhor que o argelino Agostinho, porque eu casei aos vinte anos, e meus filhos, os três, vieram depois do casamento, tendo eu e minha mulher comprometidos com o sustento, educação e formação deles.
    Em termos de comportamento social, eu sou professor para este santo.
    O meu xará, o São Francisco, nasceu rico.
    Até atingir a maioridade não soube o que foi passar por privações. Tornar-se um santo assim é fácil, com a barriga cheia e a mente desanuviada.
    Optou por ser um religioso e, admito, uma das figuras mais carismáticas neste sentido.
    Escreveu algumas belas poesias, fundou uma ordem católica, a dos franciscanos e, ao seu ver, deu sentido à sua vida.
    O opulento Tomás foi um pensador, como eu quero ser, guardadas as devidas proporções físicas – apesar de eu ser também um sujeito grandalhão, o Aquino, dizem, era imenso – e mentais (o monge tinha tempo para a leitura, reler os filósofos gregos onde baseou-se para escrever a Suma Teológica, e se destinou para isso, portanto, foi também uma opção de vida).
    Quanto aos líderes revolucionários e políticos que o senhor citou alegando que são meus exemplos de vida, o senhor cometeu um pecado quase imperdoável, pois me atribui algo absolutamente sem nexo, à parte do que escrevi.
    E, posso lhe assegurar, não os tomo como guias de minha vida.
    Enfim, senhor Jeferson, jamais vamos nos entender, natural em se tratando de seres humanos.
    Mas não vou deixar de opinar, de registrar o que penso.
    Com uma diferença: sem acusar ou colocar o dedo em riste em quem quer que seja, por mais que eu discorde ou me revolte com o que foi escrito.
    A isso chamo de respeito!
    De nada adianta eu professar uma religião e conclamar que sou crente a Deus, se não respeito o próximo que, em parte, é um desrespeito ao próprio Criador, pois eu também sou filho Dele e, ao ser destratado, Deus também estará sendo ofendido.
    Permita-me lhe dizer, senhor Jeferson, mas procure ser mais tolerante com as pessoas que têm um pensamento original sobre as questões espirituais, que não comungam com o que está estabelecido, que contestam certos dogmas, que não querem ser apenas mais um seguidor desta ou daquela corrente religiosa.
    Aliás, em nome de Deus e das religiões, a humanidade conviveu com as maiores atrocidades da sua história, justamente pelas interpretações radicais e desrespeitosas com aqueles que discordavam do que era ensinado ou tentado ser empurrado goela abaixo.
    Sim, o Deus me abençoou e me abençoa sempre, basta ver a família que Ele me contemplou, razão pela qual eu tenho o dever de gratidão para com Ele de buscar novos horizontes, ensinamentos, de fustigar as pessoas a também pensarem mais adiante, sem receios de castigos, do rizível inferno, de carmas do passado ou qualquer outra forma de eu trazer de vidas outroras responsabilidades que não são de minha autoria.
    A verdade – outra afirmação que vai lhe deixar furioso, lamento – é que não sabemos o que é a vida, quanto mais a pretensão de querer deitar cátedra sobre o modo de Deus para conosco.
    Por favor!

  4. “Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte.” (Salmos 48 : 14)

    Nós, como humanidade, morremos todo dia; Deus é imortal.

    Paz seja com todos.

  5. Deus sempre foi para a humanidade um símbolo.
    Não importa de quem Ele seja, se cristãos, muçulmanos ou judeus. A verdade é que sempre foi reverenciado pelo seu poder de extermínio, a ponto de ser conhecido no Velho Testamento como o Senhor dos Exércitos.
    E, por muito pouco, dizimava parte dos seres que havia criado, descontente com o rumo que a humanidade havia escolhido.
    Faz um bom tempo que Ele nos deixou de lado, certamente sabendo que, ou não temos conserto ou ultrapassamos todos os limites imagináveis para pessoas tão insignificantes em consonância com a infinitude do Universo.
    Porém, do alto de Sua sabedoria, tenha compreendido que somos os únicos que podemos lhe atribuir o valor merecido, a partir do reconhecimento da nossa ínfima condição de ser humano limitado em físico, mas contendo uma mente do tamanho deste Universo pela nossa imaginação, idéias, criatividade, conceitos, comportamentos, capacidade de adaptação, sentimentos, que nos diferem do resto da criação divina!
    E, se atualmente, o Deus e o Natal, continuam sendo um símbolo, agora de comércio, ótimo, bem melhor que antigamente, quando nos aniquilava sem pestanejar ou tomava partido deste ou aquele grupo para dizimar quem não gostava!
    Afinal das contas, no passado, era também um símbolo de troca, ou seja, a fidelidade a Ele em troca de terras conquistadas ou a vida eterna, desde que obedecêssemos as Tábuas da Lei.
    Portanto, Deus sempre esteve para a humanidade como símbolo de condição inclusive, jamais como protetor ou de amor ou de ensinamentos sem exigir algo em contrapartida.
    Quanto ao livre arbítrio, tenho lido explicações nada convincentes a respeito do seu significado que, categoricamente, não é esta de eu optar entre o bem e o mal, haja vista que fui feito imperfeito, com falhas, como pode o Deus me exigir retidão de vida?
    Mais uma de suas contradições ou mais uma interpretação que as religiões dão ao Deus de forma errada?
    Bendito natal e Menino Jesus na manjedoura, paradoxalmente.
    Muito melhor trocarmos presentes que bombas; incomparavelmente mais humano nos desejarmos boas festas que querermos a extinção de povos que não gostamos.
    Muito antes de criticar o natal e suas compras alusivas à data, critiquemos a nós mesmos pela nossa falta de vontade com o próximo.

    • Francisco,

      Acho que você deve repensar seus conceitos, minha opinião, deviso as suas afirmações, que, considero serem baseadas em conhecimento concreto e objetivo e não somente subjetivo.

      “Deus sempre foi para a humanidade um símbolo.”
      Essa frase com certeza é subjetiva ao que você acha, pois Deus para mim é parte de minha vida, logo, sua frase não se aplica a minha pessoa e muitos que pensam como eu.

      “A verdade é que sempre foi reverenciado pelo seu poder de extermínio, a ponto de ser conhecido no Velho Testamento como o Senhor dos Exércitos.”

      A verdade? Quem lhe contou essa verdade? O próprio Deus?
      Sugiro que você estude mais teologia cristã, essa sua verdade vai contra o cristianismo.

      “E, por muito pouco, dizimava parte dos seres que havia criado, descontente com o rumo que a humanidade havia escolhido.
      Faz um bom tempo que Ele nos deixou de lado, certamente sabendo que, ou não temos conserto ou ultrapassamos todos os limites imagináveis para pessoas tão insignificantes em consonância com a infinitude do Universo.”

      É, cheguei a conclusão que você é bem próximo de Deus, sabe até que ele nos deixou.
      Esse seu texto está cada vez mais fora do contexto bíblico.
      Uma pergunta que preciso fazer, você estudou teologia e já leu a Bíblia completamente?

      “Quanto ao livre arbítrio, tenho lido explicações nada convincentes a respeito do seu significado que, categoricamente, não é esta de eu optar entre o bem e o mal, haja vista que fui feito imperfeito, com falhas, como pode o Deus me exigir retidão de vida?
      Mais uma de suas contradições ou mais uma interpretação que as religiões dão ao Deus de forma errada?”

      Pelo jeito os exemplos que tu tens de vida são do Che, Fidel, Stalin, Lula, etc… Não deves conhecer a história de vida de Francisco de Assis, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Padre Pio de Pietrelcina, etc.

      Fiz estas observações Francisco, pois nossas opiniões podem influenciar pessoas e devemos ter responsabilidade sobre o que falamos e escrevemos, escrever “afirmações” e colocações “verdadeiras” subjetivamente é delicado.

      Que Deus o abençoe!

  6. Caro,
    seu texto está irresistível (impossível passar por aqui sem lê-lo).
    Ontem dei um pulo à igreja. Fizeram lojas dentro dela e em seu entorno.
    Pour Nietsztche! Deus não morreu. Ele se chama Capital.

  7. Em sentido geral o texto é um ótimo alerta para mostrar que o capitalismo, o sistema vencedor, não poupa nada e ninguém para satisfazer a sua tendência inexorável de concentração e centralização do capital, fazendo o possível para submeter a tudo e a todos aos seus intentos, inclusive, na forma que o autor abordou, até Deus, no sentido humano de vê-Lo, foi objetivado pelo mercado, valorizando-se quem dá mais lucro: o papai noel da coca-cola. Concardamos em vários aspectos, por isso, chamamos essa fase da história humana de era Moneycentrista, já que o dinheiro tornou-se o centro de todas as coisas, colocando de lado o Antropocentrismo e o Teocentrismo.

  8. O autor deu uma aula magistral de saudades. Realmente o “Deus” das religiões e de nossas tradições paternais está morto. Isso deixou um vácuo, um vazio a ser preenchido. E isso o autor deixa escrito nas entrelinhas, onde ansia por um Deus que preencha esse vácuo que ficou em suas lembranças. E nós todos também!

  9. Caro ENIO SQUEFF
    O Senhor DEUS DE ISRAEL NÃO MORREU ELE ESTÁ BEM VIVO NA MENTE, NO CORAÇÃO E NO ESPÍRITO HUMANO.
    Como sabemos a palavra NATAL significa NASCIMENTO.
    Sua interpretação jornalistica transformada na arte sofista deliberada serve apenas para avaliar até que ponto a humanidade conseguiu perder sua identidade ética, social e cultural. Que DEUS ilumine o teu caminho e não permita que você continue a sofismar sobre a morte da vida, uma vez que nessa perspectiva, os anjos esperam ansiosamente por você.

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